
Vampiros
José Afonso
Crítica ao poder autoritário em "Vampiros" de José Afonso
Em "Vampiros", José Afonso utiliza a metáfora dos vampiros para representar a elite governante durante o regime de Salazar em Portugal. Ao afirmar que "eles comem tudo e não deixam nada", o artista denuncia de forma clara e corajosa a exploração e o esgotamento dos recursos do povo português por uma classe dominante insaciável. Imagens como "batendo as asas pela noite calada" e "pés de veludo" reforçam a ideia de uma presença constante e sorrateira, que age nas sombras e se aproveita da fragilidade coletiva.
A repetição do verso "eles comem tudo e não deixam nada" transmite a sensação de impotência diante de um sistema opressor, enquanto expressões como "mordomos do universo todo" e "senhores à força, mandadores sem lei" apontam para o autoritarismo e a arbitrariedade do regime. A menção aos "vencidos" que "jazem nos fossos vítimas dum credo" evidencia as consequências brutais da repressão política. O contexto de censura e perseguição vivido por José Afonso reforça o caráter subversivo da música, que se tornou um símbolo de resistência e crítica social, inspirando gerações e outras manifestações artísticas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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