Fera Ferida (part. Roberto Carlos)

Dor e superação em "Fera Ferida (part. Roberto Carlos)"

"Fera Ferida (part. Roberto Carlos)", interpretada por José Augusto e Roberto Carlos, usa a imagem de um animal machucado para retratar a dor intensa e a vulnerabilidade após o fim de um relacionamento. O verso “Sou fera ferida / No corpo, na alma e no coração” mostra que o sofrimento vai além do físico, atingindo o emocional e o psicológico. A letra destaca como a separação deixa marcas profundas, que não desaparecem facilmente.

Trechos como “tive as roupas e os sonhos rasgados na minha saída” e “animal arisco, domesticado esquece o risco” reforçam a sensação de perda de identidade e inocência diante do amor. Composta por Roberto Carlos e Erasmo Carlos, a música foi criada para expressar a dificuldade de superar um término, algo evidente quando o narrador diz: “Eu sei, o coração perdoa / Mas não esquece à toa / O que eu não me esqueci”. As cicatrizes mencionadas na canção representam dores que não podem ser ditas, mas que continuam presentes na memória e no comportamento.

A canção tem um tom melancólico e reflexivo, abordando a luta entre o desejo de seguir em frente e a impossibilidade de esquecer o passado. A imagem das flores que “não resistiram a vendavais constantes” simboliza a fragilidade dos momentos felizes diante das dificuldades. Ao afirmar “não vou mudar / esse caso não tem solução”, a letra reconhece que superar a dor é um processo difícil e, muitas vezes, inacabado. A interpretação dos dois artistas reforça a identificação universal com a experiência da perda amorosa.