Maria Bonita
José Cândido
Ela veste qualquer coisa e sai para dançar
Passeando na beleza e combinando até
Com as cores que ela mesmo sabe produzir
Refazendo sobre as telas e papel no ar
No ar que eu insisto tanto em respirar
Mais perto se eu
Ganhar de novo aquele olhar
Olhar bendito e profundo tanto quanto o mar
Também de espelho serve o mar
Pra te reproduzir
Ela aparece e volta e meia
Da por se ausentar
E meia volta quando acordo
Já passou por mim
E assim fico eu
Que nem teu nome fui lhe perguntar
E assim se deu
Maria bonita vou lhe apelidar
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