
Mortal Loucura
José Miguel Wisnik
Reflexão sobre a efemeridade em "Mortal Loucura"
Em "Mortal Loucura", José Miguel Wisnik transforma o soneto barroco de Gregório de Matos em uma canção que destaca a transitoriedade da vida e a vaidade humana, temas centrais do Barroco. A técnica do eco, presente na alternância de palavras ao final de cada verso, reforça a ideia de que tudo está em constante mudança. O trecho “Já sei que a flor da formosura, … usura, / Será no fim dessa jornada … nada” mostra como a beleza, inicialmente valorizada, é consumida pelo tempo até se tornar insignificante ao final da vida.
A interpretação de Wisnik, especialmente na versão para o espetáculo "Onqotô", utiliza o formato de diálogo para acentuar o tom reflexivo e filosófico do texto. Metáforas como “a vida é emprestado … estado” e “firmar-lhe a vida em atadura … dura” evidenciam a fragilidade e a temporariedade da existência, além dos sofrimentos inevitáveis que a acompanham. A relação com o divino aparece na confiança de que “o alto Rei” (Deus) está ao lado de quem se cuida, mas também na aceitação de que a vontade divina é o que realmente determina o destino. Assim, a música convida à consciência da mortalidade e à humildade diante do tempo, transmitindo sentimentos de resignação e lucidez sobre a condição humana.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de José Miguel Wisnik e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: