4 Manos (part. Brennuz, NLE Dopre e Barreto)

Lealdade e superação em "4 Manos (part. Brennuz, NLE Dopre e Barreto)"

A música "4 Manos (part. Brennuz, NLE Dopre e Barreto)", de Jotapê, destaca a importância da lealdade e da união entre amigos que compartilham uma longa trajetória. O verso repetido “Eu sempre andei com o mesmo bando, quatro manos” reforça o compromisso entre os integrantes do grupo e serve como resposta direta àqueles que só apareceram após o sucesso, questionando: “Onde que tava essa povo há quatro anos?”. O uso da gíria "manos" e o próprio título deixam claro que a música celebra a irmandade e a parceria, valorizando quem esteve presente desde o início da caminhada.

A letra mistura relatos de superação e conquistas com referências à trajetória dos artistas, como quando Jotapê relembra as batalhas de rima e o início humilde: “Isso me lembra um filme, parece que foi ontem / Numa roda de freestyle na goma da fernanda”. O trecho “Que mastigaram até migalhas pra hoje ter caviar na barriga” mostra, de forma direta, a evolução do grupo, que enfrentou dificuldades antes de alcançar o sucesso. O orgulho de manter a mesma equipe é reforçado pela crítica aos que atribuem o sucesso à sorte, quando, na verdade, é resultado de anos de trabalho: “Essa porra é seis anos de trampo, essa merda é o dobro do corre”.

A música também traz um tom confessional ao abordar traumas, abandono e a busca por reconhecimento: “Pra que os olhares em volta compense os traumas do abandono”. O desejo de proteger e retribuir aos seus é evidente, assim como a valorização das conquistas materiais como símbolo de vitória coletiva. "4 Manos" retrata, de forma honesta, a jornada de quatro amigos que superaram adversidades e agora celebram juntos a lealdade, a superação e o sucesso.