
Labirinto
Jotapê
Orgulho e resistência negra em "Labirinto" de Jotapê
"Labirinto", de Jotapê, traz uma reflexão direta sobre o orgulho e os desafios enfrentados por um homem negro que conquista ascensão financeira em um ambiente ainda marcado pelo preconceito. Logo no início, o verso “Um negro fazendo dinheiro eles acham feio, mas eu acho válido” escancara o racismo estrutural e a resistência social ao sucesso de pessoas negras, enquanto o artista reafirma sua autoestima e legitimidade. O título da música funciona como uma metáfora para as dificuldades, dilemas e pressões desse caminho, especialmente no universo do trap, onde o sucesso pode ser tanto libertador quanto aprisionante, como ele admite em “Às vezes a porra do trap me prende num labirinto”.
A letra mistura referências culturais, como o tênis Air Force e o jazz, para mostrar a influência de diferentes estilos e a busca por autenticidade. O trecho “meu Air Force tá tão branco e pálido” sugere não só ostentação, mas também a ideia de manter-se limpo e original em meio às mudanças. Jotapê também reflete sobre a efemeridade do tempo e a importância de não se perder diante do dinheiro e do status: “Jogo toda essa grana pro alto, eu não preciso disso... Saúde pra minha família, juro, eu só preciso disso”. Com uma postura realista e confiante, o artista mostra que, apesar das conquistas materiais, o essencial é manter a essência e cuidar dos que estão por perto. A música equilibra celebração, crítica social e uma busca constante por sentido em meio ao caos do sucesso.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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