Taking Things For Granted

Pertencimento e superação em "Taking Things For Granted"

Em "Taking Things For Granted", Joy Oladokun parte de uma experiência marcante da infância: o abandono sentido quando ninguém apareceu em sua festa de oito anos. Esse episódio real serve como base para a metáfora recorrente de "nunca ter saído da água", que representa o isolamento e a sensação de invisibilidade que a artista carrega desde então. A piscina, nesse contexto, simboliza um espaço onde Oladokun se sente à parte, mesmo cercada por outras pessoas, reforçando o impacto duradouro desse momento em sua percepção de pertencimento e reconhecimento.

A música amplia esse sentimento pessoal para uma crítica social, abordando como as pessoas costumam ignorar as dores e necessidades alheias, "taking things for granted" (tomando as coisas como certas). Quando Oladokun canta "todo mundo olhando para a superfície", ela aponta para a superficialidade com que lidamos com as emoções dos outros, deixando lutas internas passarem despercebidas. Ao afirmar "I'm learning to write my wrongs / And speak up when I feel like I'm not being listened to" (Estou aprendendo a corrigir meus erros / E a me expressar quando sinto que não estou sendo ouvida), a artista mostra seu esforço para superar essas marcas e buscar autovalorização. Assim, a canção se torna uma reflexão sobre como experiências passadas moldam nossos relacionamentos e destaca a importância de enxergar e valorizar verdadeiramente quem está ao nosso redor.