
Outras Mulheres
Joyce Moreno
Liberdade feminina e autonomia em "Outras Mulheres"
Em "Outras Mulheres", Joyce Moreno desafia abertamente os papéis tradicionais de gênero ao afirmar: “Só quero aqueles que passem / Não quero aqueles que fiquem”. Com esses versos, ela questiona a expectativa de que a mulher deva buscar estabilidade e exclusividade nos relacionamentos, propondo uma visão de liberdade afetiva e sexual ainda rara na música popular brasileira. O contexto da carreira de Joyce, marcada por uma abordagem pioneira da autonomia feminina, reforça o caráter de manifesto da canção, em que a mulher reivindica o direito de viver seus desejos sem culpa ou submissão.
A letra traz imagens diretas e marcantes, como “Meu corpo é pedra em que nascem / Corais, sargaços e líquen”, sugerindo que o corpo feminino é múltiplo, fértil e autônomo, pertencendo apenas a si mesma. Ao dizer “Gosto, meu bem, de andar nua / Me pinto feito arco-íris”, Joyce celebra a liberdade de expressão e rejeita qualquer tentativa de controle. O verso “Porque jamais serei tua / Se tu não me repartires” deixa clara a recusa à exclusividade e à ideia de posse, defendendo relações abertas e igualitárias. No final, ao afirmar “Pertenço ao rol das devassas / Não quero que tu me faças / Igual às outras mulheres”, ela subverte o estigma da "devassa" e rejeita padrões impostos, reafirmando sua individualidade e autonomia. Assim, a música se consolida como um hino à liberdade feminina, refletindo as lutas e conquistas das mulheres por respeito e autodeterminação.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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