
Banana
Joyce Moreno
Crítica social e afeto no Brasil de “Banana” de Joyce Moreno
Em “Banana”, Joyce Moreno utiliza a celebração das frutas e animais brasileiros para construir uma metáfora sobre a riqueza e a vulnerabilidade do país durante a ditadura militar. Ao citar frutas como manga, caju, maracujá e açaí, além de animais como paca, tatu e sabiá, a artista destaca a diversidade e a generosidade da terra brasileira. No entanto, versos como “meu coração dá de tudo igual ao chão do Brasil” e “é um tiro só e a morte é doce como as frutas daqui” revelam que essa fartura convive com uma realidade marcada pela violência e repressão.
O trecho “Banana de tudo que é feitio e feição” reforça a pluralidade, mas também faz alusão à expressão “república das bananas”, usada para criticar países politicamente instáveis e explorados. A goiaba “vermelha igual ao meu coração” mistura doçura, paixão e resistência diante das adversidades. Joyce Moreno já declarou que, durante a ditadura, recorria a metáforas para escapar da censura, e a letra de “Banana” vai além da exaltação naturalista: ela sugere que, apesar da beleza e riqueza do Brasil, há uma tristeza e um perigo constantes, simbolizados pelo “tiro só” e pela morte que se mistura ao sabor das frutas. Assim, a música se torna um retrato afetivo do país, mas também um comentário sutil sobre sua complexidade social e política.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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