
11th Dimension
Julian Casablancas
“11th Dimension”: polarização, fé e criação como saída
Em “11th Dimension”, Julian Casablancas usa a imagem da “11ª dimensão” como metáfora para estados mentais e bolhas de realidade — “while it hears you trapped in another dimension” (enquanto escuta você preso em outra dimensão). A letra mira a alienação e a sociabilidade competitiva: “Where cities come together, to hate each other in the name of sport” (onde as cidades se juntam para odiar umas às outras em nome do esporte) e “America, nothing is ever just anything” (América, nada é apenas qualquer coisa) apontam a polarização que transforma tudo em torcida. Há ceticismo com desejo de virada — “You hear what you want to hear / And they take what they want to take” (você ouve o que quer ouvir / e eles levam o que querem levar) — e um código de conduta: “Your faith has got to be greater than your fear” (sua fé precisa ser maior que seu medo) e “Forgive them, even if they are not sorry” (perdoe-os, mesmo que não estejam arrependidos). Ele desarma a projeção — “We’re so quick to point out our own flaws in others” (somos rápidos em apontar nossos próprios defeitos nos outros) — e incentiva risco criativo: “Drop your guard / Don’t be shy” (abaixe a guarda / não tenha vergonha), enquanto confessa urgência: “I got a mind full of blanks / I need to go somewhere new fast” (tenho a mente cheia de lacunas / preciso ir rápido para algum lugar novo).
A guinada new wave/synth-pop do primeiro trabalho solo sustenta esse deslocamento com brilho retrofuturista; a Pitchfork destacou a mistura de sintetizadores e guitarras. A criação vira saída concreta — “I got music, coming outta my hands and feet and kisses” (tenho música saindo das minhas mãos, pés e beijos) — cercada por oportunistas: “All the vultures, bootleggers at the door” (todos os abutres, pirateiros à porta), uma alusão à indústria e aos parasitas do sucesso. “Complicated, mammals on the wings of robots” (complicados, mamíferos nas asas de robôs) sugere humanos carregados pela tecnologia, reforçando o choque sensibilidade–máquina. O clipe inspirado em Game of Death adiciona a escalada e o combate estilizado — espelho da crítica à competição —, enquanto a bateria de Danielle Haim ancora a energia de banda. O recado final é pragmático: “If you believe in this world, then no one has died in vain” (se você acredita neste mundo, então ninguém morreu em vão) e “don’t you dare get to the top and not know what to do” (não ouse chegar ao topo e não saber o que fazer).
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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