Coagulado
Júlio Lima
Caí num salto sobre mim
A morte.
Me fiz novo, renasceu do sangue que verteu do fim
A minha carne, secos pelo frio da manhã seguinte
Não se distinguem meus antigos sonhos coagulados
Nada mais corre em mim, nada mais verte em mim
Nem do meu lado nada mais cresce, coagulado
Transpassa como um tiro que não erra o alvo
A carne, minh'alma no inerte salto
Que o tempo não vê, que o fluido do olho cristalizado não lê
Sem fome, sem nome, sem ter a carne e o sangue coagulado
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