Não Chore

Superação e autonomia feminina em “Não Chore”

Em “Não Chore”, de Jurema e Jubiscleuda, a repetição do verso “Não chore, bebê” destaca uma postura de autossuficiência e ruptura definitiva. A protagonista deixa claro que não se deixa mais afetar por dramas ou tentativas de manipulação emocional. O tom direto e até irônico, especialmente em versos como “Pode sofrer até morrer, mas eu não ligo”, reforça o cansaço diante de situações de desrespeito e humilhação, mostrando que agora ela prioriza seu próprio bem-estar.

A letra constrói uma narrativa de libertação, em que sair para dançar e se divertir no baile simboliza a retomada da autonomia e da alegria, sem depender de quem a fazia sofrer. Trechos como “Você, você me reprime” e “Já te avisei que eu vou terminar” evidenciam o desgaste de um relacionamento marcado pela falta de respeito e escuta. Ao afirmar “Prefiro ficar sozinha do que com você” e “Eu tô melhor que antes”, a música celebra o empoderamento feminino e a decisão de não aceitar mais migalhas emocionais. Mesmo sem um contexto biográfico das artistas, a canção se insere na tradição da música brasileira que incentiva a superação de relações tóxicas, usando o refrão como um recado firme e irreverente para quem ficou para trás.