
Eh Ua Calunga (Calunga)
Jussara Silveira
A travessia e ancestralidade em “Eh Ua Calunga (Calunga)”
“Eh Ua Calunga (Calunga)”, interpretada por Jussara Silveira, aborda de forma sensível a experiência dos africanos escravizados trazidos de Luanda para o Brasil. O termo “calunga”, de origem quimbundo, é central na canção e possui duplo significado: pode se referir tanto ao “mar” ou “imensidão” quanto, na Umbanda, aos espíritos ancestrais conhecidos como “pretos-velhos”. Quando a letra repete “Êh! Êh! Êh! Calunga calunga / Me trouxeram para cá”, ela expressa o sofrimento da travessia forçada pelo oceano Atlântico, mas também a presença espiritual e a resistência dos que sobreviveram a esse deslocamento.
A canção traz um tom melancólico ao mencionar a mãe que chora e a criança que canta, simbolizando a dor da separação e a tentativa de manter vivas as raízes culturais. A referência ao “maracatu” reforça essa resistência, já que o ritmo é um importante símbolo da preservação das tradições africanas no Brasil. Ao repetir “calunga”, a música transforma o mar em um elo entre Angola e Brasil, evocando saudade, deslocamento e a força espiritual que une gerações, mostrando como a cultura e a ancestralidade resistem mesmo diante da dor e da perda.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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