TODO KE VER (part. Jere Klein)

Conexões autênticas e vulnerabilidade em “TODO K VER”

A música “TODO K VER (part. Jere Klein)”, de Katteyes, aborda a busca por conexões verdadeiras em meio à superficialidade dos relacionamentos modernos. O refrão destaca que “todo entra por la vista” (tudo entra pelos olhos), mas tanto Katteyes quanto Jere Klein deixam claro que não se contentam apenas com a atração física. Eles valorizam a personalidade e a forma de pensar do outro, mostrando um desejo por algo mais profundo, especialmente em um contexto digital onde as aparências costumam prevalecer.

A letra também explora a dificuldade de se entregar emocionalmente, evidenciada quando a personagem diz ser “una diabla y que no se enamora” (uma diabla e que não se apaixona). Isso reflete o medo de se vulnerabilizar, comum nos relacionamentos atuais, marcados pela desconfiança e pelo receio de se machucar. As referências à vida nas ruas, como “mi nombre, en la calle, pesa” (meu nome pesa na rua) e “tengo mi pistola” (tenho minha pistola), funcionam como símbolos de proteção e status, mas também revelam uma vontade de se abrir para alguém especial. Versos como “No cualquiera a mí me llega / Es diferente desearme que tenerme” (Nem todo mundo me conquista / É diferente me desejar e me ter) reforçam que conquistar alguém exige mais do que desejo: é preciso conexão real. Assim, “TODO K VER” mistura sensualidade, vulnerabilidade e autenticidade para retratar as complexidades dos relacionamentos urbanos e digitais.