Chained To The Rhythm (feat. Skip Marley)

Crítica social e alienação em “Chained To The Rhythm”

Em “Chained To The Rhythm (feat. Skip Marley)”, Katy Perry faz uma crítica à apatia social ao transformar uma música pop dançante em um alerta sobre como nos deixamos levar pelo conforto e distração. A metáfora de “vivendo em uma bolha” e versos como “trapped in our white picket fence / like ornaments” (presos em nossa cerca branca / como enfeites) mostram como muitas pessoas vivem em uma utopia artificial, ignorando problemas reais ao redor. O clipe, ambientado em um parque de diversões futurista chamado “Oblivia”, reforça essa ideia de alienação coletiva, onde a diversão esconde questões urgentes e cria uma falsa sensação de segurança.

O refrão, com frases como “dance, dance, dance to the distortion” (dance, dance, dance com a distorção) e “stumbling around like a wasted zombie” (cambaleando como um zumbi perdido), sugere que, mesmo achando que somos livres, estamos presos a padrões que nos mantêm distraídos e conformados. O contexto político aparece tanto nas apresentações ao vivo quanto na letra, especialmente quando Skip Marley canta “break down the walls to connect, inspire” (derrube os muros para conectar, inspirar) e critica líderes que “greed over the people” (colocam a ganância acima do povo). Esses versos, junto com os símbolos políticos usados por Perry em suas performances, deixam claro que a música é um chamado à consciência e à ação, incentivando o público a enxergar além das distrações e questionar o status quo. A participação de Skip Marley ainda conecta a faixa à tradição de músicas socialmente engajadas, ampliando o alcance da mensagem crítica de Katy Perry.