
i (To Pimp a Butterfly)
Kendrick Lamar
Resistência e orgulho negro em “i (To Pimp a Butterfly)”
Em “i (To Pimp a Butterfly)”, Kendrick Lamar transforma experiências de dor, violência e opressão em um manifesto de amor-próprio e resistência. O refrão repetido, “I love myself” (“Eu me amo”), vai além de uma afirmação individual: é um grito coletivo de empoderamento, especialmente significativo para a comunidade negra diante do racismo, da violência policial e das dificuldades sociais. A capa do single, que mostra membros das gangues Bloods e Crips formando um coração, reforça a ideia de união e superação das divisões históricas, sugerindo que o amor-próprio pode ser um caminho para a cura social e pessoal.
A letra mistura relatos de dificuldades reais — “I done been through a whole lot / Trial, tribulation, but I know God” (“Já passei por muita coisa / Provações, tribulações, mas eu conheço Deus”) — com críticas à brutalidade policial e à marginalização, como em “I put a bullet in the back of the head of the police” (“Eu coloco uma bala na nuca do policial”). Apesar de polêmica, essa frase pode ser entendida como uma metáfora para a luta contra a opressão sistêmica, e não como incitação à violência. No monólogo final, Kendrick aprofunda o debate sobre identidade negra ao resgatar o termo “Negus”, explicando sua origem etíope como “rei” ou “imperador” e contrapondo-o ao uso pejorativo nos Estados Unidos. Ele propõe uma ressignificação, incentivando orgulho e consciência histórica: “America tried to make it to a house divided / The homies don't recognize we been using it wrong” (“A América tentou transformar isso em uma casa dividida / Os manos não percebem que estamos usando isso errado”).
O título “i” traz um duplo sentido: representa tanto o indivíduo quanto o orgulho de ser quem se é, especialmente em um contexto de resistência cultural. Ao incorporar elementos de “That Lady”, dos Isley Brothers, Kendrick conecta sua mensagem à tradição musical negra de resiliência e celebração. A música convida cada pessoa, especialmente jovens negros, a reconhecer seu valor e potencial, transformando a dor em força coletiva.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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