PRIDE.

Reflexões sobre orgulho e vulnerabilidade em “PRIDE.”

Em “PRIDE.”, Kendrick Lamar faz uma autocrítica profunda ao abordar o conflito entre o desejo de evoluir e a dificuldade de superar falhas humanas, especialmente o orgulho. No verso “Pride is gonna be the death of you, and you and me” (O orgulho vai ser a nossa ruína, a sua e a minha), Kendrick mostra que o orgulho é um problema coletivo, não apenas individual. Ele reconhece o orgulho como seu “maior pecado”, algo que tenta combater, mas nunca consegue vencer totalmente.

A letra alterna entre confissões de limitações emocionais, como em “I don't trust people enough beyond their surface, world / I don't love people enough to put my faith in man” (Não confio nas pessoas além da superfície / Não amo o suficiente para depositar minha fé no ser humano), e reflexões sobre escolhas morais e sociais. Em “I'll make schools out of prison / I'll take all the religions and put 'em all in one service” (Vou transformar prisões em escolas / Vou unir todas as religiões em um só culto), Kendrick imagina um mundo ideal, mas reconhece que a realidade é marcada por promessas quebradas, ressentimento e divisões. O refrão “Me, I wasn't taught to share, but care” (Eu não aprendi a dividir, mas a me importar) reforça a luta interna entre individualismo e empatia. A produção suave e melancólica de Steve Lacy destaca o tom introspectivo da música, tornando “PRIDE.” um retrato honesto das contradições humanas.