only human / anywhere at all

Pertencimento e vulnerabilidade em “only human / anywhere at all”

A música “only human / anywhere at all”, de Key Vs. Locket, aborda o sentimento de deslocamento e a busca por pertencimento, usando a ideia de ser humano como um papel a ser desempenhado. No verso “I don't mind pretending to be / Human” (“Não me importo de fingir ser / Humano”), a letra sugere que a personagem se sente à parte das normas sociais, como se estivesse tentando se encaixar em um ambiente estranho. A menção a “Vivian” e a escolha entre ser tratada “como um animal” ou aceitar as regras de um “lar” reforçam o dilema entre manter a autenticidade ou se adaptar para ser aceita, além de indicar uma relação de dependência e necessidade de apoio emocional.

A canção também traz um tom melancólico ao falar de memórias e sentimentos de inadequação. O trecho “I keep holding onto these coffee stained pages / Post-it memories / Stared at until I couldn't see” (“Continuo segurando essas páginas manchadas de café / Memórias em post-its / Olhei até não conseguir mais ver”) mostra o esforço de se apegar ao passado, mesmo que ele seja confuso ou doloroso. O desejo por “uma nova família” e alguém para “colocar a culpa” revela a busca por alívio emocional e por um recomeço. Ao repetir “I know humans, they love to make mistakes... they make you so confused” (“Eu conheço humanos, eles adoram cometer erros... eles te deixam tão confuso”), a música destaca a complexidade das relações humanas. O refrão “Close enough / We've got close enough / I won't go anywhere at all” (“Perto o bastante / Chegamos perto o bastante / Eu não vou a lugar nenhum”) sugere que, apesar das incertezas, existe conforto na proximidade, mesmo que a conexão não seja perfeita. O final, com “Follow me!” (“Me siga!”), funciona como um convite à aceitação das imperfeições e à busca conjunta por pertencimento.