Witchcraft (part I)

Crítica à fé superficial em "Witchcraft (part I)" de Kieran The Light

Em "Witchcraft (part I)", Kieran The Light faz uma crítica direta à superficialidade das práticas espirituais contemporâneas. Logo no início, ele rejeita o uso de sálvia para "purificação" e associa essa prática à feitiçaria, questionando a autenticidade da busca espiritual moderna. O artista usa essa metáfora para alertar sobre a troca de uma conexão verdadeira com a fé por rituais vazios, destacando a importância do discernimento espiritual. Ao citar figuras como o Coelhinho da Páscoa e o Papai Noel, Kieran aponta como símbolos comerciais acabam ofuscando o real significado de datas religiosas, como Páscoa e Natal. Ele também provoca ao destacar a semelhança entre as palavras "Santa" e "Satan", sugerindo distorções e manipulações espirituais.

A música ainda aborda o impacto das distrações modernas, como redes sociais e entretenimento, que, segundo Kieran, afastam as pessoas de uma fé autêntica. Ele questiona por que bebidas alcoólicas são chamadas de "espíritos" e por que filmes de terror são consumidos como diversão, propondo uma reflexão sobre como elementos aparentemente inofensivos podem ter significados espirituais mais profundos ou enganosos. Kieran critica a hipocrisia de quem se diz cristão, mas age de forma incoerente, e afirma que a manipulação da verdade é uma forma de feitiçaria contemporânea, como no trecho "manipulation's a form of witchcraft" (manipulação é uma forma de feitiçaria). Ao final, ele defende a humildade e o autoconhecimento como caminhos para uma espiritualidade verdadeira, encerrando com um convite à reflexão e à oração.