O Rap É Nosso (part. Kroa)

Orgulho e autenticidade em "O Rap É Nosso" de King Bigs

Em "O Rap É Nosso (part. Kroa)", King Bigs e Kroa usam a frase “Eu tou em todo lado, eu é que sou a Coca-Cola” como uma metáfora para mostrar sua presença marcante e indispensável no rap português. Assim como a Coca-Cola é reconhecida mundialmente, eles se colocam como figuras centrais e autênticas na cena, ironizando quem tenta copiar ou se apropriar do movimento sem ter a mesma essência.

A música funciona como um manifesto de orgulho territorial e de classe. King Bigs, do Monte da Caparica, e Kroa, de Vialonga, deixam claro que o rap pertence a quem realmente vive e constrói a cultura de rua em Portugal. Isso aparece em versos como “O Rap É Nosso, nunca foi vosso”, onde rejeitam a apropriação do rap por pessoas sem ligação real com as periferias. A letra traz ainda provocações e autoconfiança, como “Eu faço o que me dá na tola” e “A mim ninguém controla”, reforçando a postura independente dos artistas. Ao citar referências locais e experiências pessoais, como “Rodeado de OGs em Vialonga” e “Sou da margem sul”, eles reafirmam suas origens e legitimidade. O tom desafiador e sarcástico serve para separar quem é autêntico de quem apenas finge, deixando claro que o rap, para eles, é uma conquista de quem vive a realidade das ruas.