Shitlist

Rebeldia e autonomia feminina em “Shitlist” da L7

“Shitlist”, da banda L7, transforma sentimentos de raiva e frustração em uma mensagem direta de autonomia e enfrentamento. A ideia de criar uma "lista" de pessoas que decepcionaram ou irritaram a protagonista vai além de um simples desabafo: é um gesto simbólico de retomar o controle diante de situações de desrespeito ou opressão. A repetição do termo "shitlist" reforça que não há mais espaço para tolerar maus-tratos, e cada nome adicionado representa um limite claro imposto pela própria protagonista.

O contexto da L7, reconhecida por letras de empoderamento feminino e atitude punk, amplia o significado da música como um hino de resistência contra quem tenta diminuir ou prejudicar. Trechos como “all the ones who put me out” (todos que me deixaram de lado) e “all the ones who filled my head with downs” (todos que encheram minha cabeça de coisas negativas) evidenciam experiências de exclusão e desvalorização, especialmente comuns para mulheres em ambientes hostis. A presença da faixa na trilha sonora de “Natural Born Killers” reforça o tom agressivo e de ruptura, conectando a música a temas de rebeldia e rejeição de normas sociais opressoras. “Shitlist” se consolida, assim, como um grito de basta, onde a agressividade é usada como defesa e afirmação pessoal.