Bota a Cara (part. Guiu)

Desmascarando a Hipocrisia e a Realidade das Ruas

A música "Bota a Cara" de L7NNON, com participação de Guiu, é uma crítica contundente à hipocrisia e às desigualdades sociais. A letra aborda a disparidade entre a realidade das ruas e a imagem que muitos tentam projetar, especialmente aqueles que fingem ser algo que não são. L7NNON e Guiu expõem a falsidade de indivíduos que se dizem gangsters, mas que na verdade não têm nenhuma conexão com a vida do crime, vivendo em uma bolha de privilégio e segurança.

A música também toca em questões de racismo e violência policial, destacando como os jovens negros são frequentemente alvos de discriminação e brutalidade, mesmo quando não estão envolvidos em atividades criminosas. A linha "Os meus tão morrendo sem nem ser bandido" é um grito de revolta contra a injustiça sistêmica que vitimiza a comunidade negra. Além disso, a letra faz referência à hipocrisia de pessoas que se dizem antifascistas, mas que só se manifestam virtualmente, sem enfrentar a realidade das ruas.

L7NNON utiliza metáforas e comparações para ilustrar a diferença entre a vida real e a vida de fachada. Ele menciona que "Guiu, guarda chuva não é fuzil, telefone não é pistola", enfatizando que muitos falam sobre violência e crime sem nunca terem vivido essa realidade. A música é um chamado à autenticidade e um desafio para que as pessoas "botem a cara" e enfrentem as consequências de suas ações e palavras. É uma reflexão sobre a verdadeira coragem e a necessidade de lutar contra as injustiças de forma concreta e não apenas através de palavras vazias.