PLAYGROUND

A Dualidade do Amor em 'PLAYGROUND' de Lagum

A música 'PLAYGROUND' da banda Lagum explora a complexidade das relações amorosas contemporâneas, utilizando metáforas lúdicas para descrever a dinâmica entre os parceiros. O título e o refrão fazem uma analogia direta entre o corpo e um playground, um espaço de diversão e experimentação. No entanto, essa diversão vem com um aviso: 'Só não brinca de me amar'. Isso sugere uma relação que deve ser leve e descompromissada, mas que inevitavelmente se complica com sentimentos mais profundos.

A letra também aborda a questão do investimento emocional e financeiro em uma relação que, aparentemente, deveria ser casual. O eu-lírico menciona gastar dinheiro em presentes, ficando 'duro de grana', o que indica um esforço para agradar a parceira, mesmo que isso não seja retribuído da mesma forma. A frase 'Me engana que eu gosto' revela uma aceitação quase masoquista de uma relação desequilibrada, onde o eu-lírico está disposto a se iludir para manter a conexão.

Outro ponto interessante é a referência à 'roda gigante', que simboliza os altos e baixos emocionais da relação. A vertigem e o brilho nos olhos são metáforas para a intensidade dos sentimentos, que podem ser tanto excitantes quanto avassaladores. A música, portanto, captura a dualidade de uma relação que é ao mesmo tempo divertida e dolorosa, leve e profunda, refletindo a complexidade das emoções humanas em um contexto de amor moderno.