Born To Die

Reflexão sobre amor e finitude em “Born To Die” de Lana Del Rey

Em “Born To Die”, Lana Del Rey explora a inevitabilidade da morte e a transitoriedade dos relacionamentos, criando uma atmosfera melancólica e intensa. O verso repetido “We were born to die” (“Nós nascemos para morrer”) destaca não só a certeza do fim, mas também serve como um lembrete constante de que tudo é passageiro, inclusive o amor. A artista sugere que, diante dessa realidade, vale a pena buscar experiências intensas, como nos versos “take a walk on the wild side” (“dê um passeio pelo lado selvagem”) e “let me kiss you hard in the pouring rain” (“deixe-me te beijar forte debaixo da chuva”). Esses trechos reforçam o desejo de viver plenamente, mesmo sabendo que tudo pode acabar a qualquer momento.

O videoclipe aprofunda esse significado ao mostrar Lana em um relacionamento autodestrutivo, que termina de forma trágica. Isso ilustra como o amor pode ser fonte tanto de alegria quanto de sofrimento. Versos como “Sometimes love is not enough and the road gets tough, I don't know why” (“Às vezes o amor não é suficiente e o caminho fica difícil, não sei por quê”) revelam a consciência de que sentimentos intensos nem sempre sustentam uma relação marcada por instabilidade. Já a frase “You like your girls insane” (“Você gosta de suas garotas insanas”) sugere uma atração por comportamentos autodestrutivos, reforçando o clima de fatalismo. As polêmicas declarações de Lana Del Rey sobre morrer jovem também ecoam na música, que aborda a romantização da morte e do sofrimento como parte da experiência amorosa e existencial. Assim, “Born To Die” une vulnerabilidade, desejo de intensidade e aceitação do fim, refletindo a busca por significado diante da efemeridade da vida.