Candy Necklace (feat. Jon Batiste)

Hollywood trágico e vulnerabilidade em “Candy Necklace (feat. Jon Batiste)”

Em “Candy Necklace (feat. Jon Batiste)”, Lana Del Rey faz referência a figuras trágicas de Hollywood, como Marilyn Monroe e Elizabeth Short (Dália Negra), para abordar os perigos do glamour e da busca por aceitação. A letra traz à tona sentimentos de vulnerabilidade e autocrítica, especialmente ao mencionar pensamentos suicidas e a sensação de ser "trazida para baixo" por alguém amado. Isso se conecta diretamente à cena do clipe em que Lana, caracterizada como Monroe, segura uma Bíblia e canta sobre esses sentimentos, sugerindo uma reflexão sobre o preço da fama e de relações destrutivas. O verso “Sittin' on the sofa, feelin' super suicidal / Hate to say the word, but, baby, hand on the Bible” (Sentada no sofá, me sentindo super suicida / Odeio dizer isso, mas, amor, mão sobre a Bíblia) explicita essa fragilidade, enquanto o vídeo reforça como muitas mulheres mudaram sua identidade em busca de sucesso, mas acabaram presas em armadilhas emocionais e sociais.

A imagem dos “candy necklaces” (colares de bala) aparece repetidamente como uma metáfora ambígua: remete à inocência e doçura, mas também sugere algo passageiro, frágil e viciante, refletindo relações que parecem doces, mas podem ser prejudiciais. O refrão, ao mostrar a obsessão por esses colares, reforça a ideia de dependência emocional e de ciclos autodestrutivos, como em “You've been acting pretty reckless / Dancin' like the young and restless / And I'm obsessed with this” (Você tem agido de forma bem imprudente / Dançando como os jovens e inquietos / E eu estou obcecada com isso). As referências à cultura pop, como “Tribe Called Quest” e “Rockafella”, misturam nostalgia e desejo de pertencimento, mas também apontam para a superficialidade e instabilidade desses laços. Assim, a música constrói uma atmosfera melancólica, mostrando como o fascínio pelo glamour pode esconder dores profundas e questionamentos sobre identidade e autossabotagem.