Memorias em Cinza

A dor persistente do tempo em “Memorias em Cinza”

A música “Memorias em Cinza”, de Lasívia, explora como o tempo afeta lembranças marcantes, mostrando que ele pode tanto enfraquecer quanto intensificar memórias dolorosas. No verso “o tempo, se encarregou das lembranças me enfraquecer! Mas não vou esquecer!”, fica claro o conflito entre o desejo de superar o passado e a resistência em deixar certas lembranças irem embora. Isso revela o peso emocional dessas memórias, que continuam presentes apesar do desgaste causado pelo tempo.

A expressão “memórias em cinza” sugere que essas recordações perderam o brilho, tornando-se opacas e marcadas pela melancolia, como restos de algo que já queimou, mas ainda não desapareceu. O trecho “a minha alma, queimar e arder!” reforça o sofrimento persistente, enquanto “meus olhos procurarem, e não encontrar você!” aponta para a ausência de alguém importante, provavelmente uma perda significativa. O vento frio das manhãs, citado na letra, simboliza a renovação diária da dor e da saudade. Já as horas que “vão levar muito tempo pra virar o pó” mostram que superar essas lembranças é um processo lento e doloroso. O refrão “não vou esquecer jamais!” destaca a impossibilidade de apagar completamente essas memórias, mesmo que o tempo tente torná-las menos intensas.