
Pedro Bala
LEALL
Ambiguidade e crítica social em "Pedro Bala" de LEALL
Em "Pedro Bala", LEALL faz uma releitura contemporânea do personagem criado por Jorge Amado em "Capitães da Areia" para abordar a dura realidade das periferias urbanas. O artista utiliza Pedro Bala como símbolo de jovens que, diante da pobreza e da falta de oportunidades, acabam assumindo papéis de liderança ou sendo vistos como vilões, dependendo do olhar de quem observa. A repetição do verso “O sonho dela é ser mulher de Pedro bala / O sonho dele é matar o Pedro bala” destaca a ambiguidade em torno dessa figura: ao mesmo tempo admirada e perseguida, ela representa tanto o desejo quanto o alvo da violência cotidiana.
A letra é direta e sem rodeios, tratando de temas como violência, criminalidade e desesperança. Trechos como “Se a cadeia é meu destino, o que me resta? / Vida se paga com vida, lei da guerra” mostram o sentimento de fatalismo e a lógica de sobrevivência imposta pela vida nas favelas. Quando LEALL diz “Eu sou o pino da granada / A culpa é minha se ela explodir / Como se eu escolhesse destruir”, ele questiona a ideia de escolha real desses jovens, que muitas vezes são responsabilizados por um ciclo de violência do qual são vítimas. Inspirado por Jorge Amado, LEALL reforça a crítica social ao mostrar que a criminalidade é consequência da exclusão e da miséria, e não uma opção livremente tomada.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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