Over The Hills And Far Away

Viagem interior e fantasia em “Over The Hills And Far Away”

“Over The Hills And Far Away”, do Led Zeppelin, combina referências à mitologia celta e à obra de Tolkien com uma reflexão sobre amadurecimento e busca de sentido. O verso “Many times I've gazed along the open road” (“Muitas vezes olhei pela estrada aberta”) remete tanto ao viajante das histórias de fantasia quanto ao desejo real de descoberta, inspirado pelas paisagens galesas e pelo espírito aventureiro de “O Hobbit”. Robert Plant, vocalista da banda, já declarou seu fascínio pela literatura de Tolkien, o que reforça o tom sonhador e escapista da música. Aqui, a “open road” simboliza jornadas externas e internas, representando o autoconhecimento.

A letra alterna entre experiências amorosas e aprendizados de vida, como em “Many have I loved / Many times been bitten” (“Amei muitos / Muitas vezes fui machucado”), sugerindo que o autoconhecimento é construído por meio de erros, acertos e decepções. O trecho “Many dreams come true / And some have silver linings / I live for my dream / And a pocketful of gold” (“Muitos sonhos se realizam / E alguns têm um lado bom / Eu vivo pelo meu sonho / E um punhado de ouro”) destaca a importância de perseguir sonhos e valorizar pequenas conquistas, mesmo diante das incertezas. O refrão “Many is a word that only leaves you guessing” (“Muitos é uma palavra que só te deixa em dúvida”) reforça a natureza incerta da vida e do amor. A transição da introdução acústica para a parte elétrica intensifica a sensação de jornada, mostrando como o Led Zeppelin mistura folk e rock para criar uma trilha sonora para quem busca sentido além do horizonte.