
Desemprego
Legião Urbana
Desigualdade e angústia social em "Desemprego" da Legião Urbana
Em "Desemprego", a Legião Urbana retrata de forma direta a angústia vivida por muitos brasileiros durante a crise econômica dos anos 1980. A repetição de "Não sei se tenho medo" mostra como o medo do desemprego e da instabilidade financeira se tornou parte do cotidiano, a ponto de se confundir com o próprio desespero. O verso "Só esse desespero / Esqueço quando bebo" revela o uso da bebida como uma fuga temporária da ansiedade e da pressão social, refletindo a busca por alívio em meio à incerteza.
A letra expõe a precariedade das condições de vida dos trabalhadores: "Atraso o aluguel / Mau compro alimento" evidencia as dificuldades básicas enfrentadas, enquanto "Trabalho o tempo inteiro / To procurando emprego" destaca a contradição de quem, mesmo trabalhando, não encontra estabilidade ou dignidade. A expressão "Quem vai ser despedido? / Quem vai dançar primeiro?" utiliza o termo popular "dançar" como sinônimo de ser demitido, reforçando o clima de insegurança coletiva. Já "E o pouco que eu recebo / É uma metade pelo meio" aponta para salários corroídos pela inflação e descontos, ampliando a sensação de impotência. Assim, "Desemprego" sintetiza o sentimento de uma geração marcada pela crise, pela falta de perspectivas e pela desilusão diante das promessas não cumpridas de progresso social.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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