141
Lelin
Entre risco e desapego: camadas de “141”, de Lelin
O gesto final — “Troquei seu número por 141” — aponta uma anonimização deliberada: transformar alguém em código para cortar o vínculo sem deixar rastro. Como não há informações públicas sobre “141”, de Lelin, o número ganha peso simbólico: distância, atalho para o esquecimento, uma saída de emergência planejada para um caso de recaída. A narrativa parte da invisibilidade — “Aqui sou invisível” — até o momento em que alguém o enxerga e “propõe salvar”. O brilho nos olhos reacende a fé — “Só bastava acreditar” —, e o convite para dançar vira rendição ao desejo: por alguns instantes, a solidão parece curada.
Logo, segurança e perigo caminham juntos: “Em seus braços a minha segurança / No teu beijo achei adrenalina”. Ele sabe que é passageiro e, ainda assim, escolhe a aposta: “Eu sabia do risco… Vou ter que arriscar”. O verso “Gosto de brincar com a morte” pode ser hipérbole do risco emocional — entregar-se sabendo da queda — ou sinal de um padrão autodestrutivo que privilegia a intensidade à estabilidade. Quando ela vai embora, sobra o vazio — “não tem valor algum” — e entra o desapego prático: “141” tanto soa como apagamento do nome, redução a número, quanto ecoa códigos de telefonia que ocultam o identificador de chamada em alguns países. Seja como distância, anonimato ou atalho para não recair, o gesto final revela o aprendizado: depois de ser visto, arriscar e cair, ele impõe um limite concreto para não se perder de novo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Lelin e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: