
Solange (So Lonely)
Leo Jaime
Crítica à censura e ironia em "Solange (So Lonely)" de Leo Jaime
"Solange (So Lonely)", de Leo Jaime, faz uma crítica direta e bem-humorada à censura artística durante o regime militar brasileiro, usando ironia para expor as limitações impostas à criatividade dos músicos da época. A figura de Solange Hernandes, chefe da Divisão de Censura de Diversões Públicas, é central na letra, especialmente no trocadilho "pára de me censolange", que mistura o verbo "censurar" com o nome da censora, deixando clara a insatisfação do artista com a repressão. Versos como "Eu tinha tanto pra dizer / Metade eu tive que esquecer" e "Eu já não posso nem cantar / Meus dentes rangem por você" expressam a frustração de ter ideias e sentimentos barrados pela censura oficial.
A música também ironiza o controle sobre até mesmo pensamentos e desejos pessoais, como em "Eu já não posso nem pensar / Que um dia ainda eu vou me vingar" e "Talvez só dê pra liberar / Com cortes pra depois do altar", mostrando que até temas íntimos precisavam ser autocensurados. O refrão traz o trecho em inglês "I feel so lonely" (eu me sinto tão sozinho), conectando a versão de Leo Jaime à original do The Police, mas aqui a solidão é a do artista impedido de se expressar. A participação dos Paralamas do Sucesso e o reconhecimento de Sting à versão reforçam o clima de resistência e união do rock brasileiro dos anos 80 diante da repressão.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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