Déjà-Vu Frenesi

Ciclos e intensidade emocional em “Déjà-Vu Frenesi” de Letrux

“Déjà-Vu Frenesi”, de Letrux, explora como as experiências humanas — prazer, dor, cansaço e emoção — são cíclicas e inevitáveis, mas não precisam ser encaradas como sofrimento ou estagnação. A repetição de frases como “todo corpo tem água, lágrima, suor e gozo” reforça que sentir faz parte da existência, e que reprimir essas sensações pode levar ao “secar” ou “magoar”. A inspiração da música, surgida durante um mergulho na Grécia, conecta a letra à ancestralidade e à universalidade das emoções, como se Letrux transmitisse uma sabedoria antiga ao afirmar que “viver é um frenesi”, um ciclo constante de altos e baixos, prazer e dor, repetidos como um “déjà-vu”.

A canção também destaca a dualidade entre o físico e o emocional, misturando termos diretos como “porra” e “goza” com reflexões sobre o que é permitido sentir: “Só não pode magoar” / “Só não pode embrionar”. O refrão “não deixa secar nem deixa magoar” funciona como um mantra de autocuidado, sugerindo a importância de manter as emoções vivas, sem deixá-las se transformar em mágoa ou apatia. O videoclipe, que mostra Letrux como uma força da natureza, e a referência à performance de Marina Abramović, reforçam essa intensidade e autenticidade emocional. A influência da música em outros artistas, como FBC, e sua presença em documentários sobre Letrux, consolidam a canção como símbolo de resistência emocional e celebração da vulnerabilidade.