Tóxico 2 (part. Caio Luccas)

Reconhecimento de falhas e relações urbanas em “Tóxico 2 (part. Caio Luccas)”

"Tóxico 2 (part. Caio Luccas)", de Leviano, destaca-se pela sinceridade ao abordar a autossabotagem e a consciência dos próprios defeitos em um relacionamento. Quando dizem “ela sabe eu sou tóxico, falho”, Leviano e Caio Luccas reconhecem o impacto negativo de suas atitudes e mostram como a toxicidade se torna parte da identidade do casal. Expressões como “coração frio, gelo no nego” reforçam a postura emocionalmente distante, enquanto a repetição de comportamentos autodestrutivos é apresentada como algo difícil de mudar, evidenciando a luta interna dos personagens.

A letra traz elementos do trap brasileiro, como em “jogo as droga no porte” e “jogo jaca no corte”, que remetem ao estilo de vida ostentado e à busca por poder e proteção em ambientes urbanos. Essas gírias ilustram a dureza do cotidiano, onde sentimentos e relações são marcados por desconfiança, posse e traição. O verso “ela tá fudendo com outros vetinho' pra ver se consegue esquecer” mostra o ciclo de mágoas e tentativas frustradas de superação, enquanto “eu posso fuder mais de quinhentas vadia’, nenhuma vai se comparar” revela a contradição entre o desejo de liberdade e a dificuldade de se desvincular emocionalmente. Assim, a música retrata um relacionamento marcado por amor, posse, orgulho e autodestruição, refletindo a complexidade das relações urbanas atuais.