Vim de Baixo

Superação e orgulho das origens em “Vim de Baixo”

Em “Vim de Baixo”, Leviano transforma sua experiência nas ruas de Fortaleza em uma narrativa de superação e orgulho. O artista deixa claro que seu passado difícil não é motivo de vergonha, mas sim uma fonte de força. O verso “Eu sei que eu vim de baixo, eu vim de baixo, mas vou subir” resume essa mentalidade: reconhecer as origens humildes, sem se limitar a elas, e usar cada obstáculo como impulso para o sucesso. Leviano relembra o início vendendo doces e recitando poesias no transporte público, contrastando com conquistas atuais como “Visto Louis V no meu cinto” e “Meu carro, ele é conversível, ele é sem teto, ele é igual mendigo”. Essa mistura de ostentação com referências à antiga realidade reforça o contraste e a trajetória de superação do artista.

A gíria “vetin”, marca registrada de Leviano, reforça sua identidade local e o orgulho de ser autêntico. Ao dizer “A todo vetin que passou a visão”, ele agradece a quem o ajudou a enxergar caminhos e a sobreviver em Fortaleza, onde “o crime é hostil” e a lealdade é essencial. O artista valoriza o esforço próprio ao afirmar “Eu fiz meu dinheiro sozinho”, rejeitando a dependência de favores ou obrigações com os mais antigos da rua. Com um tom confiante e direto, Leviano mostra que venceu e representa uma nova geração que transforma adversidade em conquista, sem esquecer suas raízes.