8 Horas de Prazer (part. MC Carol e Tropkillaz)

Empoderamento e irreverência em “8 Horas de Prazer”

“8 Horas de Prazer (part. MC Carol e Tropkillaz)”, de Lia Clark, faz uma crítica bem-humorada à rotina do trabalho formal ao comparar o sexo a uma jornada CLT, transformando o prazer em uma atividade diária, regrada e até exaustiva, mas sempre sob o controle das protagonistas. Expressões como “escala CLT” e “6x1 de putaria” ironizam a seriedade do mercado de trabalho, enquanto versos como “Eu sou a chefe desse otario / Vai fazer o que eu mandar” colocam as mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ no papel de chefes do próprio desejo, subvertendo papéis tradicionais e reforçando o empoderamento dessas vozes.

A colaboração entre Lia Clark e MC Carol, ambas referências no funk e na representatividade LGBTQIAPN+, amplia o significado da música como um manifesto de liberdade sexual e autenticidade. Lia Clark já afirmou que o funk serve para quebrar tabus sobre sexo, algo evidente na letra explícita e sem pudores, que celebra o prazer sem culpa. Trechos como “Cuzinho de diamante / Tipo Andressa Urach” e “Cadela treinada / Da gang da lia” misturam humor, ostentação e autoafirmação, mostrando que o prazer é motivo de orgulho. A produção do Tropkillaz, com batidas marcantes e elementos eletrônicos, reforça o tom ousado e moderno, tornando a faixa um hino de empoderamento e diversão para quem se identifica com a liberdade proposta pelas artistas.