FALSO (part. Elane)

Reflexão sobre mentiras e autoconhecimento em “FALSO (part. Elane)”

“FALSO (part. Elane)”, de Lia Kali, aborda de forma direta a dor de ser enganada e a autocrítica de quem já mentiu. No verso “Perdóname mi amor porque te dije que te amaba cuando no lo hacía” (Me perdoe, meu amor, porque eu disse que te amava quando não amava), a protagonista assume seus próprios erros e reconhece o sofrimento causado, além de lidar com a traição dos outros. Essa sinceridade destaca o tema do aprendizado: tanto as mentiras que ouvimos quanto as que contamos servem como lições difíceis, mas essenciais para o crescimento pessoal, como mostra o trecho “Borrando las mentiras que guarde como enseñanza / Para no repetir nunca lo que un día fue desgracia” (Apagando as mentiras que guardei como lição / Para nunca repetir o que um dia foi desgraça).

A música nasceu de experiências de decepção e autodescoberta, refletidas na busca por identidade e força em um mundo hostil: “A veces pienso que mi voz no encaja / El mundo es demasiado hostil y mi mente no sana” (Às vezes penso que minha voz não se encaixa / O mundo é hostil demais e minha mente não se cura). A parceria com Elane amplia a profundidade da letra, ressaltando a luta para não se prender a aparências ou relações tóxicas. A expressão “Coraza de cartón mojado” (Armadura de papelão molhado) simboliza uma proteção frágil diante das dificuldades, enquanto “Hoy solo estoy pa mí” (Hoje estou só para mim) marca o momento de ruptura e afirmação pessoal. Assim, “FALSO” é um relato honesto sobre amadurecimento, mostrando que reconhecer as próprias falhas e aprender com elas é tão importante quanto se afastar de pessoas falsas.