Loop (part. LISSA)

Ciclos emocionais e autocrítica em “Loop (part. LISSA)”

Em “Loop (part. LISSA)”, Lil Fuub aborda a sensação de estar preso em ciclos de frustração e desilusão. O verso repetido “A vida nunca vai me dar nada de graça” expressa não só resignação diante das dificuldades, mas também uma crítica à ideia de que esforço sempre traz recompensa. O título da música reforça essa ideia de repetição, evidenciada em “Foda é quando tudo volta pro mesmo lugar / Aí que a gente vê que tá num loop”, mostrando como é difícil romper padrões negativos, tanto internos quanto nas relações com os outros.

A participação de LISSA intensifica o tom melancólico da faixa, ampliando o peso das reflexões sobre expectativas e cobranças. A letra alterna entre autocrítica e frustração com o outro, especialmente em relações marcadas por exigências injustas, como em “Você me cobrando cores / Que eu nunca disse que ia te dar”. Metáforas como “procurando o amor igual o procurando nemo” ilustram a busca constante por algo que parece inalcançável. Já o trecho “Pensamento virou arma / Sua mentira uma hipnose / Mas eu que fui o otário / E te dei esse revólver” revela tanto a manipulação sofrida quanto a própria vulnerabilidade em permitir isso. No fim, a música expõe a exaustão de tentar se adaptar às expectativas alheias e a dificuldade de romper com padrões autodestrutivos, resumindo um ciclo de dor e aprendizado.