Succubus 3

Relações tóxicas e autodefesa em “Succubus 3” de Lil Fuub

Em “Succubus 3”, Lil Fuub usa a figura do succubus, um demônio feminino do folclore que suga a energia vital de suas vítimas, como metáfora para relações marcadas por sedução intensa e desgaste emocional. O termo aparece repetidamente na letra, reforçando a ideia de que o envolvimento com essa pessoa é ao mesmo tempo atraente e prejudicial. Trechos como “Ela é uma Succubus / Mas não sei o que ela quer de mim” e “A minha alma vai sugar” deixam claro que o artista se sente consumido por essa relação, destacando o perigo e a exaustão emocional que ela traz.

A música também revela um tom de desilusão e autodefesa. Frases como “Eu sigo com um olhar vazio / Que não teme a nada / Pois não tem nada a perder” e “Eu fui a única pessoa / Que me motivou” mostram um histórico de solidão e autossuficiência, sugerindo que o artista questiona se realmente precisa de alguém ou se a companhia só traz mais sofrimento. O refrão mistura desejo e ressentimento, com versos explícitos como “Botei pra mamar / Ela tem que sentar / A minha alma vai sugar”, mostrando que o prazer físico está ligado à sensação de ser explorado. No final, Lil Fuub adota uma postura de resistência: “Succubus tentou me enganar / Mas foi mal, essa não vai colar”, indicando que, apesar da tentação, ele não pretende mais se deixar consumir por esse tipo de relação. A música retrata, de forma direta, o reconhecimento de um ciclo tóxico e a decisão de não se submeter mais a ele.