Him

Reflexão crítica sobre fé e humanidade em “Him” de Lily Allen

Em “Him”, Lily Allen adota um tom sarcástico e provocativo para questionar a imagem tradicional de Deus, aproximando-o de situações cotidianas e até triviais. Ela faz perguntas como se Deus teria uma banda favorita, citando “Creedence Clearwater Revival”, ou se já teria cometido pequenas infrações, ironizando a tendência humana de atribuir características e dilemas terrenos a uma entidade divina. Com isso, Allen sugere que essas preocupações podem ser irrelevantes diante de questões mais profundas e urgentes.

A música também critica o uso da religião para justificar conflitos e mortes ao longo da história. Nos versos “Ever since He can remember people have died in his good name / Long before that September / Long before hijacking planes” (“Desde que Ele se lembra, pessoas morreram em seu nome / Muito antes daquele setembro / Muito antes de sequestrarem aviões”), Allen destaca que a violência em nome de Deus é um problema antigo, anterior a eventos como o 11 de setembro. Ao longo da canção, as perguntas retóricas e o tom irônico convidam o ouvinte a refletir sobre a validade das crenças religiosas e a responsabilidade individual diante das ações humanas, incentivando uma visão mais crítica e menos dogmática sobre fé e moralidade.