Who'd Have Known

Cotidiano e inseguranças no romance em “Who'd Have Known”

“Who'd Have Known”, de Lily Allen, retrata com sensibilidade como os pequenos gestos e rotinas do início de um relacionamento podem ganhar grande significado. O verso “Watching telly, drinking wine” (“Assistindo TV, bebendo vinho”) exemplifica a intimidade simples do cotidiano, mostrando que a felicidade pode estar em momentos aparentemente banais, como compartilhar um programa de TV ou uma taça de vinho. A escolha de usar a melodia de “Shine”, do Take That, reconhecida pela própria Allen, reforça o tom nostálgico e acolhedor da música, conectando a familiaridade da canção original com a emoção de um novo amor.

A letra aborda as inseguranças e o nervosismo típicos do começo de um romance, como nos trechos “I didn't know where this was going / When you kissed me” (“Eu não sabia onde isso ia dar / Quando você me beijou”) e “There's just the right amount of awkward / And today you accidentally called me baby” (“Tem a dose certa de estranheza / E hoje você me chamou de ‘amor’ sem querer”). Esses versos mostram o equilíbrio entre entusiasmo e incerteza, além do medo de se entregar totalmente. O videoclipe, que traz Allen sequestrando um sósia de Elton John, adiciona humor e exagero à narrativa, sugerindo que o sentimento de surpresa diante do novo pode ser tão intenso que beira o absurdo. No fim, a música celebra o conforto e a alegria de se sentir menos sozinho, valorizando as pequenas conquistas emocionais e a construção gradual de uma relação.