O Que Eu Fiz no BoomBap

Afirmação e resistência no rap em “O Que Eu Fiz no BoomBap”

Em “O Que Eu Fiz no BoomBap”, LinoMC reafirma sua identidade e trajetória no rap, especialmente dentro do estilo boom bap, mesmo diante das mudanças e pressões do cenário musical, como a ascensão do trap. Ele destaca sua autenticidade ao misturar temas pessoais, como relacionamentos e inseguranças, com a defesa de sua história no gênero. Isso aparece claramente no verso “Mas não vou apagar toda história que eu fiz no boom bap”, onde LinoMC expressa orgulho e resistência diante das críticas e das novas tendências.

A letra também traz ironia e autoconfiança, principalmente ao abordar conquistas e consumo em “hoje é sold out, sold out / Compro tudo e ponho na minha bolsa”, mas sem ignorar as dificuldades do cotidiano, como em “Trampa pá caralho e não ter cash”. A participação de Square DNVO e 100corte reforça a ideia de união entre artistas que valorizam o boom bap, enquanto as provocações a outros rappers e à cena atual mostram o desejo de manter a essência do rap autêntico. As referências a marcas, carros e figuras como Mohamed Ali ilustram tanto as conquistas quanto a luta constante por respeito, equilibrando ostentação e crítica social de forma direta e acessível.