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Com a Crescente Nos Garrão

Lisandro Amaral

Letra

    O mouro peiteia o agosto saudoso do sol na crina
    Cortando a garoa fina que encharca poncho e pelego
    Vai contemplando o varzedo que a muito anda encharcado
    Tranqueando um lote de gado na lida que acordou cedo

    O lote aperta e tranqueia se escapando da crescente
    Perto se escuta a enchente roncando atras do capão
    Topetes de moerão sobre o rio que ta subindo
    E os meus bastos vão rangindo contraponteando o trovão

    Quando andei la do fundo com a agua lambendo estribo
    O cusco topou perigo e assim me fez um costado
    Buscou o gado ilhado preso na própria tristeza
    Esperando a correnteza pra morrer contra o alambrado

    Um pouco além da crescente testei a força do braço
    Correndo os tentos do laço na aspa de uma novilha
    Força do pingo e presilha pra tirar do atoleiro
    E o mouro por tarimbeiro sobre o barro deixou trilha

    Vai se findando a manha na crescente de outro dia
    E o tranco da gadaria se acalma no parador
    Pra o posto que é fiador o mouro mascando o freio
    E o agosto chegou feio se clariar o chovedor

    Quando andei lá do fundo com a água lambendo estribo
    Cusco topou perigo e assim me fez um costado
    Buscou o gado ilhado preso na própria tristeza
    Esperando a correnteza pra morrer contra o alambrado


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