Royals

Crítica à ostentação e autenticidade em "Royals" de Lorde

Em "Royals", Lorde faz uma crítica direta à cultura pop que exalta o luxo e a ostentação. Logo no início, ela cita imagens como “gold teeth, Grey Goose, tripping in the bathroom” (dentes de ouro, Grey Goose, ficando louco no banheiro) e “Cristal, Maybach, diamonds on your timepiece” (Cristal, Maybach, diamantes no seu relógio), não para glorificar esse estilo de vida, mas para mostrar o quanto ele é distante da realidade dela e da maioria das pessoas. O título da música foi inspirado por uma foto de um jogador de beisebol com a palavra “Royals” na camisa, reforçando a ideia de que o glamour mostrado na mídia é algo fabricado e fora do alcance do cotidiano comum.

Ao cantar “And we'll never be royals (royals) / It don't run in our blood / That kind of lux just ain't for us” (E nós nunca seremos da realeza / Isso não está no nosso sangue / Esse tipo de luxo não é para nós), Lorde rejeita a busca por status e riqueza, preferindo uma vida autêntica, sem a pressão de ostentar. Ela expressa orgulho dessa simplicidade em versos como “We count our dollars on the train to the party / And everyone who knows us knows / That we're fine with this / We didn't come from money” (Contamos nossos dólares no trem para a festa / E todo mundo que nos conhece sabe / Que estamos bem com isso / Não viemos de família rica). O refrão “Let me be your ruler / You can call me queen bee / And, baby, I'll rule / Let me live that fantasy” (Deixe-me ser sua rainha / Você pode me chamar de abelha rainha / E, amor, eu vou reinar / Deixe-me viver essa fantasia) brinca com a ideia de realeza, sugerindo que cada um pode ser rei ou rainha do próprio mundo, sem depender dos símbolos tradicionais de poder. Assim, "Royals" se destaca como um manifesto contra a superficialidade e a favor de uma identidade baseada em valores próprios.