Poeta do Povo
Lourenço e Lourival
Meu Deus, não me dê dinheiro
Eu não quero ser mesquinho
Me dê a felicidade
Que eu reparto com meus vizinhos
Meu Deus, não me dê tesouro, o ouro é a perdição
O dinheiro cega o homem, endurece o coração
O mesquinho faz a guerra quer ter o mundo nas mãos
Eu sou poeta do povo, é a minha obrigação
E compro versos de amor
E Jesus, Nosso Senhor, me dê só inspiração
Pra que eu quero o mundo se vivo feliz num cantinho
Pra que eu quero automóvel se a pé sigo bom caminho
Pra que eu quero boiada se como só um pouquinho
Pra que eu quero palácio se vivo bem num ranchinho
Mesmo que eu sofra no inverno
Pra que eu quero o inferno se o céu é tão quentinho
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