VALE DO FIM

Dor e isolamento em "VALE DO FIM" de Lucas A.R.T

Em "VALE DO FIM", Lucas A.R.T expõe de forma direta o peso das batalhas emocionais e o sentimento de exaustão diante das próprias dores. O "Vale do Fim" funciona como uma metáfora para o limite emocional, um lugar de desespero e sensação de não retorno. No verso “O que será que você sentiria / Se soubesse que eu me joguei do Vale do Fim?”, o artista expressa não só o desejo de fuga, mas também um apelo por atenção e compreensão, mostrando o quanto a dor pode ser invisível mesmo para quem está ao redor.

A música aborda temas como insegurança, solidão e a sensação de ser ignorado, mesmo tendo uma grande audiência. Lucas A.R.T questiona se o mundo o corrompeu, refletindo sobre a perda da inocência: “Uma vez ouvi dizer / Que todo homem nasce bom / Mas o mundo / O torna um corrompido”. O contraste entre a exposição pública e o isolamento íntimo fica evidente, principalmente quando o artista fala sobre lágrimas que formam um rio para se afogar, simbolizando o desejo de escapar da dor. Ele também critica a superficialidade das redes sociais, que reforçam a desconexão e a falta de empatia. A repetição do questionamento sobre sorrir quando se quer gritar evidencia a pressão social para esconder o sofrimento. Por fim, Lucas A.R.T aborda a paranoia e a desconfiança, sintomas da solidão e ansiedade, e sugere que a dor pode levar a atitudes autodestrutivas. "VALE DO FIM" é um retrato honesto das lutas internas de quem busca compreensão em meio à indiferença.