Nós, Os Milionários

A Vingança e a Alienação em 'Nós, Os Milionários' de Ludovic

A música 'Nós, Os Milionários' da banda Ludovic é uma obra que explora temas de vingança, alienação e a sensação de ser um coadjuvante na própria vida. A letra começa com uma declaração de vingança, sugerindo um desejo profundo de retribuição. A pergunta 'Lembra de mim?' pode indicar um sentimento de esquecimento ou negligência, como se o eu-lírico estivesse buscando reconhecimento ou justiça por algo que lhe foi feito. A menção de 'buscar reforço' enquanto ele 'fica aqui' pode simbolizar uma espera passiva, uma preparação para um confronto inevitável.

A segunda estrofe traz uma imagem perturbadora: 'Ao meu filho preferido / É proibido respirar'. Isso pode ser interpretado como uma metáfora para a opressão ou a sufocação de alguém querido, talvez uma crítica à maneira como as expectativas e pressões sociais podem esmagar a individualidade e a liberdade. O 'riso doentio' mencionado pode ser uma referência à insanidade ou ao desespero, sugerindo que a situação é tão extrema que até o riso se torna uma expressão de dor.

No refrão, a pergunta 'Quem vem me buscar?' e a afirmação 'Custe o que custar' reforçam a ideia de uma espera por algo ou alguém que trará uma mudança, mesmo que isso tenha um custo alto. A repetição da jura de vingança e a lembrança de ser um 'mero coadjuvante' destacam a sensação de impotência e insignificância. A música termina com uma reflexão sobre a falta de reconhecimento, sugerindo que, apesar de todos os esforços e sentimentos intensos, os personagens da música permanecem esquecidos e irrelevantes, como 'coadjuvantes de quem ninguém se lembra o nome'.