Relojito Cartier (part. Anuel AA)

Luxo, desejo e liberdade em “Relojito Cartier (part. Anuel AA)”

Em “Relojito Cartier (part. Anuel AA)”, Luis R Conriquez e Anuel AA usam o relógio Cartier como símbolo do tempo dedicado ao prazer, ostentação e experiências sem compromisso. O acessório de luxo, junto com menções a champanhe francês e à G-Wagon, reforça um ambiente de exclusividade e poder, típico da fusão entre o regional mexicano e o reggaeton urbano que marca a colaboração dos artistas.

A letra deixa claro que os personagens não buscam um relacionamento sério, mas sim momentos intensos e passageiros. Isso aparece em versos como “Ya sé que no buscas algo serio, yo tampoco, bebé / Pero sabes que, conmigo, siempre la pasas bien” (“Já sei que você não busca algo sério, eu também não, bebê / Mas você sabe que, comigo, sempre se diverte”). O clima sensual é reforçado por referências culturais, como a menção a Al Pacino em “Scarface” e ao “Padrino”, que trazem um ar de vida gangster e perigo sedutor. O trecho “La mano en la nariz como si fuera Scarface” (“A mão no nariz como se fosse Scarface”) faz alusão ao consumo de drogas, conectando o luxo ao universo do crime retratado em filmes de máfia, algo que dialoga com o histórico de Conriquez nos “corridos bélicos” e sua transição para temas urbanos e sensuais.

A música também explora duplos sentidos e metáforas sexuais, como em “yo me quemé en tu infierno, mi diablita” (“eu me queimei no seu inferno, minha diabinha”) e “yo adentro de ti en el jacuzzi del hotel” (“eu dentro de você no jacuzzi do hotel”), deixando clara a proposta de prazer sem amarras. A fusão de estilos e referências cria uma narrativa onde luxo, desejo e liberdade se misturam, refletindo a versatilidade dos intérpretes e a busca por experiências intensas.