Flores (part. Vitão)

Desejo e liberdade feminina em “Flores (part. Vitão)”

“Flores (part. Vitão)”, de Luísa Sonza, usa a metáfora das flores para falar de desejo e entrega, mas foge do romantismo tradicional ao associar esse símbolo à liberdade sexual e ao prazer mútuo. No verso “Só me traga flores / Sabe que eu relaxo”, o gesto de levar flores vira um convite para um encontro íntimo, onde a conexão física e a espontaneidade são mais importantes que convenções românticas. A letra é direta e sensual, como em “Deixa eu ficar em cima / Você fica embaixo / Agora me olha / Deixa que eu encaixo”, deixando clara a troca de papéis e a autonomia feminina no sexo.

O lançamento da música foi marcado por rumores sobre o relacionamento entre Luísa Sonza e Vitão, usados de forma estratégica para aumentar o impacto da canção, como a própria Luísa revelou ao dizer que tudo fazia parte de uma ação de marketing. Isso se reflete na letra, que brinca com a exposição e provoca o público, especialmente em versos como “Pode jogar na minha cara, tô duro, mó tara / Te juro, mó cara te querendo a vera”. A sensualidade explícita do clipe e da letra gerou críticas, muitas delas ligadas ao machismo, como apontou Vitão, mostrando que a música desafia padrões sociais ao colocar a mulher como protagonista do desejo. A repetição de frases como “deixa que eu encaixo” e “pode ficar em cima / vou ficar por baixo” reforça a ideia de liberdade, consentimento e prazer compartilhado, sem tabus.