
Orélia
Luiz Gonzaga
Paixão arrebatadora e humor regional em “Orélia”
Em “Orélia”, Luiz Gonzaga utiliza expressões regionais para transmitir a intensidade da paixão do narrador. Logo no início, a frase “choque da peste” destaca o impacto avassalador desse sentimento, típico do vocabulário nordestino, e sugere que o amor vivido é tão forte que chega a ser quase físico. A comparação do tremor sentido com o de um “curumim” (criança indígena) reforça a vulnerabilidade do personagem, que, apesar de experiente e acostumado a amores passageiros, se vê completamente surpreendido e desarmado diante de Orélia.
A letra apresenta o narrador como um viajante livre, habituado a relacionamentos breves, como mostra o trecho “Um xamego hoje aqui / Amanhã, um dengo acolá”. No entanto, a chegada de Orélia representa uma virada: “Tava escrito Orélia chegar” sugere que esse encontro era inevitável, quase como um destino traçado. O tom leve e bem-humorado da canção, marcado por expressões típicas do Nordeste, também aparece no exagero dramático do medo de perder o novo amor: “Ai, bichinha, se tu me deixar / Vai ser muito ruim / Faço arte no leste e no oeste / No sul, no nordeste / Dou cabo de mim”. Esse exagero, característico do forró e do baião, serve para mostrar de forma descontraída o quanto Orélia se tornou indispensável para o narrador, misturando paixão intensa e humor regional.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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