
Chá Cutuba
Luiz Gonzaga
Duplo sentido e humor regional em "Chá Cutuba" de Luiz Gonzaga
"Chá Cutuba", de Luiz Gonzaga, se destaca pelo uso inteligente do duplo sentido e do humor para retratar a cultura nordestina. A letra apresenta um chá milagroso feito de ervas típicas da região, mas logo fica claro que o verdadeiro "remédio" para a preguiça e o desânimo é, na verdade, a presença feminina. O tom bem-humorado aparece especialmente no trecho em que Tomé Ribeiro, dado como morto, "reagiu, ficou de pé e saiu 'dispinguelado' perseguindo uma 'mulé'", mostrando que o efeito do chá vai além do físico, despertando desejo e vitalidade.
A música valoriza o vocabulário regional, com expressões como "dor de quengo" (dor de cabeça), "mão de ré" (preguiçoso) e "dispinguelado" (desengonçado), aproximando o ouvinte do universo nordestino. Os ingredientes citados – cabriúva, catolé, algaroba, piqui doce e macaúba – são plantas nativas, reforçando a autenticidade e o saber popular. No final, o personagem revela: "Pra lhe ser franco eu bebo desse chá / Mas 'num' tolero chá, eu gosto é de 'mulé'", deixando claro que o chá é apenas uma desculpa para falar, de forma leve e divertida, sobre o interesse pelas mulheres. Assim, Luiz Gonzaga transforma o "Chá Cutuba" em uma metáfora para vitalidade, desejo e alegria de viver, sempre com seu estilo descontraído e espirituoso.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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